26 - 28 set
8 min
Salomé Lamas

HORIZON NORIZOH (2017)

Vídeo HD, 16:9, preto e branco, som estéreo,  sincronizado em loop, Dinamarca/Portugal/Brasil/Alemanha
Em colaboração com Gregorio Graziosi.
Comissão: CPH: LAB
Produção: Lamaland
Apoio: CPH: DOX; Instituto Dinamarquês de Cinema Documental, Copenhaga (6-16 de novembro de 2014).


São Paulo – as linhas temporais da história sobrepõem-se num único bloco de cimento com as suas fachadas sem janelas, recipientes brutais para narrativas pessoais. Curadores de arquitetura perguntam se o novo temporário, análogo ao desenvolvimento do modernismo, poderá tornar-se o novo modus operandi.

Floresta – a natureza é sublime, vazia e tempestuosa. É a terra natural da imaginação onde nos reunimos para resistir ao silêncio do universo, a fim de não sucumbir ao pânico puro e à ameaça de dissolução.

À primeira vista, o espectador pode não reconhecer a mutação do enquadramento. Com o passar do tempo, perceberá que estamos a mover-nos em direção a uma figura no centro da imagem.

Foi desenvolvido no âmbito de uma encomenda do CPH:LAB, um programa de desenvolvimento de talentos que junta cineastas de diferentes geografias, promovido pelo

SALOMÉ LAMAS

Salomé Lamas é uma cineasta, artista visual e educadora portuguesa.

Nos últimos quinze anos e com uma produção constante de mais de trinta projetos, o trabalho de Salomé Lamas tem sido contextualizado na cultura visual, nos estudos artísticos e nos estudos fílmicos, exibido e distribuído internacionalmente nas áreas do cinema e da arte contemporânea.

Tem vindo a desenvolver uma prática artística que explora a relação entre a representação e o poder narrativo da realidade social, propondo algo diferente. Em torno, mas não para além, do real: para além, mas não ao lado, do ficcional. Para abordar os esforços de expansão desse interstício, refere-se ao seu trabalho como paraficções de prática crítica dos media.

Com uma formação mista em cinema e artes visuais, e uma investigação informada por uma epistemologia crítica, transnacional e subjetiva, centrada nas possibilidades abertas pelo pensamento ecológico, bem como na ligação entre a praxis artística, as mutações económicas, estéticas e a filosofia contemporânea, tem sido desafiada a cumprir uma única orientação ou a combiná-las na sua ação como artista/cineasta, mas também como educadora, em vários contextos, níveis e geografias.

O ethos multidisciplinar subjacente ao seu esforço artístico desafia continuamente os limites da narrativa visual, para promover diálogos críticos que levem o público a confrontar as complexidades da experiência humana e das dinâmicas sociais mais amplas, centradas na migração, no pós-colonialismo e na crítica do capitalismo.

Esta prática baseada na investigação perpetua um legado de investigação intelectual e inovação artística e aborda de forma crítica os papéis sociais e económicos da produção mediática, nas fases de desenvolvimento, produção, exibição, distribuição e arquivo, com resultados que vão desde filmes, instalações audiovisuais e publicações.

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