Foi em meados de 2020 que reencontrei de uma forma inédita o conto História do Guerreiro e da Cativa, de Jorge Luis Borges.
Desse pêndulo obscuro e perpétuo entre a cidade e o campo, unidos por uma ténue neblina espaçotemporal, desencadeou-se uma ideia de periferia, ou uma zona que se encontra no meio.
Nos abismos ou nos cumes que ocorrem nesses subúrbios incógnitos, fazem-se erguer figuras e, subsequentemente, constelações que narram uma distopia que nos é tão próxima.
Tenho como principal produção artística o desenho, a colagem e a projecção.
A aglutinação dos diversos meios possibilita o desenvolvimento de eixos/tramas, pelos quais o ente/sujeito como actuante topográfico numa «eterna errância» se revela nas múltiplas janelas tão díspares.
Marta Amaral