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O poema começa com um nó na garganta

28 de Setembro
17h
Centro Cultural de Cascais

Com título a partir de um verso de Robert Frost, o recital é composto por poemas de autores clássicos e contemporâneos, portugueses e estrangeiros, tais como Jorge de Sena, Jorge Sousa Braga, Linda Pastan, Carlos Oliveira, Roberto Juarroz, Ana Hatherly, Ruy Belo, Natália Correia, Ana Luísa Amaral, José Carlos Ary dos Santos, entre outros.

Leituras: Ana Zanatti e José Anjos
Interpretação musical: Carlos Barretto (contrabaixo)

Ana Zanatti

Em 1968 abandona o curso de Românicas na Faculdade de Letras de Lisboa e entra no Conservatório Nacional para fazer o curso de teatro. Estreia se em seguida no Teatro Trindade com a peça “Cautela Libertino” de Pirandello. Teatro, televisão, rádio e cinema quer como actriz, apresentadora ou autora, tem sido a sua actividade ao longo de 55 anos. Escreveu inúmeras canções, traduziu e adaptou diversas peças de teatro. Autora de séries de ficção e documentais para televisão, co- autora de uma telenovela e de outros programas de televisão e rádio, tendo sido galardoada, entre outros, com o Sete de Ouro e o Globo de Ouro como melhor actriz de cinema e de teatro, e a Medalha de Honra da SPA, em 2014. Colaborou com diversos jornais e revistas entre os quais o extinto semanário SETE, a revista literária “Os meus livros”, “Elle”, “Biosofia” , “Egoísta” e “Inútil”.

Em 2003, inicia um percurso literário que conta com doze livros nas áreas do romance, contos para crianças e adultos, e um ensaio. Está também representada em diversas colectâneas de contos e poesia. Desde 2009, passa a colaborar assiduamente em recitais de poesia, com intervenções regulares nas Quintas de Leitura organizadas por João Gesta, no Porto, e em inúmeros recitais em teatros, no CCB, e outros espaços dedicados à poesia, por todo o país.

De 2015 a 2022, fez parte da direcção da SPA. Por convite da SPA, seleccionou e gravou, em 2019, poemas de Sophia de Mello Breyner Andreson, para um CD comemorativo do seu centenário. ‘As Trapezistas’, publicado em 2024, pela ed.Abysmo, é o livro de estreia de Ana Zanatti na poesia.

José Anjos

José Anjos (Lisboa,1978) é jurista, poeta, músico e programador cultural Participa em vários projectos que juntam poesia e música (não simão, A Favola da Medusa, Poetry Ensemble, mao-mao, Lisbon Poetry Orchestra, No Precipício era o Verbo, Navio dos Loucos, O Gajo, Janela). Foi um dos fundadores, programador e apresentador dos “Poetas do Povo”, com Alexandre Cortez e Nuno Miguel Guedes. Desde 2018 é convidado regular do ciclo 'Quintas de Leitura', que acontece todos os meses no Teatro do Campo Alegre, no Porto. Apresenta e programa as sessões bimestrais do Ciclo Poemar Consigo do Âmbito Cultural do El Corte Inglés. Fundou e coordena actualmente as sessões do ciclo Poesia na Bota, em Lisboa, que acontecem todas as segundas-feiras desde março de 2022. Foi o responsável pela programação literária da Casa Abysmo no FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, no triénio 2022/2024.

Publicou os livros de poesia 'Manual de Instruções para Desaparecer' (2015, Abysmo), 'Somos contemporâneos do impossível' (2017, Abysmo), 'Uma fotografia apontada à cabeça' (2019, Abysmo), 'O escultor de pássaros livres' (2021, Nova Mymosa), e ‘Exorcismos de estilo’ (2023, Paper View Books). Publica regularmente em revistas literárias, nacionais e internacionais.

Enquanto músico, escritor e diseur trabalhou e/ou participou em projectos com Carlos Barretto, Maria João, Pedro Jóia, Alexandre Cortez, Carlos Bica, Ana Zanatti, João Morais, Adolfo Luxúria Canibal, A Garota Não, Patrícia Relvas (Lavoisier), João Paulo Esteves da Silva, Sérgio Costa, Paula Cortes, Cláudia R. Sampaio, Xana, entre outros. Vive com o gato Zorba.

Carlos Barretto

Quando se fala de jazz em Portugal, o nome de Carlos Barretto (CB) é uma referência de mérito incontornável. A crescente internacionalização da sua actividade artística tem levado a sua música a muitos destinos, tanto na Europa como no resto do mundo, sempre com rasgados elogios por parte da crítica especializa.

Após concluir o curso do Conservatório Nacional de Música de Lisboa, CB residiu em Viena de Áustria (1980-1982) a fim de se especializar na música erudita, estudando com Ludwig Streischer, um dos grandes mestres mundiais do contrabaixo. Decide então dedicar a sua carreira profissional à música improvisada, residindo em Paris (1984-1993), cidade a partir da qual teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do jazz, actuando nos mais prestigiados festivais por toda a França, Alemanha, Suiça, Bélgica e Holanda, entre outros. De regresso a Portugal em 1993, iniciou os seus projectos como líder e compositor, tendo gravado 9 cd's em nome próprio e colaborado em mais de vinte obras de músicos como Bernardo Sassetti, Carlos Martins, Bob Sands, Georges Cables, Mário Delgado (v. colaborações). Nas suas actuações, é notória a evolução estética da sua música, desde o neo-bop até ao jazz europeu contemporâneo.

Actualmente trabalha em vários projectos: Carlos Barretto Lokomotiv (com Mário Delgado e José Salgueiro), LST (Lisboa String trio), Guitolão (com António Eustáquio), Carlos Martins quarteto, Carlos Barretto Solo pictórico e "No precipício era o verbo", projecto multidisciplinar que une a poesia com a música, contando com os diseurs André Gago, António de Castro Caeiro e José Anjos.

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